segunda-feira, 21 de junho de 2010

Os Pilares da Direita na America do Sul


A America do Sul nos últimos anos viveu e vive um intenso processo de consolidação de governos democráticos populares, depois de vários anos de governos não tão democráticos onde prevalecia o poder econômico e militar, e onde a população sempre esteve a margem sem acesso a direitos básicos como saúde educação e a liberdade de se organizar, vemos surgi governos na America do sul de cunho democrático popular como o de Hugo Chaves na Venezuela, que erradicou o analfabetismo no país, acabou com o monopólio privado da comunicação aumentou o acesso à saúde e criou mecanismos de participação popular na gestão do Estado, o de Rafael Correia no Equador que vem promovendo reformas sociais para a redução da miséria no país e que busca incessantemente nacionalizar as riquezas de petróleo e gás, a exemplo de Evo Morales que nacionalizou essas riquezas, que convocou uma constituinte e elaborou uma nova Constituição democrática e popular, que reconheceu a soberania dos povos originários e está promovendo uma redistribuição de renda no país com os recursos do gás, e por que não falar de Cristina de Kirchner da argentina primeira mulher eleitas nas urnas do país, José "Pepe" Mujica do Uruguai ex guerrilheiro, e Lula no Brasil o estadista que mais se identificou com as necessidades do povo que esse país já viu.

Porém a America do Sul convive hoje ainda convive com dois governos explicitamente de direita e com forte apelo para a política neoliberal estadunidense, a Colômbia e o Peru. No peru o governo se orgulha de ter loteado e dado concessões em cerca de 70% do território amazônico erguendo uma política a serviço das multinacionais do petróleo, do gás e também da mineração.

Nesse ultimo domingo realizou-se na Colômbia eleições diretas para a presidência e o que estava em jogo com o resultado das eram dois programas de governo que aparentemente eram distintos, mas que intrinsecamente tinha o neoliberalismo como ponto central, o do candidato Antanas Mockus que apresentava uma opção mais avançada e legal do neoliberalismo na Colômbia e Santos que manteria o jogo como Uribe deixou, o povo Colombiano optou por manter a política implementada por Uribe, com a vitoria de Santos para a presidência da Colômbia, a America do sul amarga a consolidação dos pilares da direita e a sustentação do neoliberalismo, depois de dois mandatos do presidente Álvaro Uribe entusiasta e parceiro da política estadunidense, temos a confirmação de que a força econômica e militar estadunidense continuará a impedir a consolidação de um projeto de independência econômica e política da America do Sul.

O atual presidente da Colômbia, Santos, é reconhecido como sucessor político de Álvaro Uribe, mesmo afirmando que diferente de seu sucessor que isolou a Colômbia da America do Sul este pretende “trabalhar de mãos dadas com os países vizinhos para desenvolver uma agenda conjunta de cooperação e integração em todas as frentes”, um ponto que deve permanecer intacto em seu governo e a aliança militar financiada pelos Estados Unidos, aliança essa que inclusive permite que se instalem bases militares dos estados Unidos em território Colombiano e que coloca o governo norte americano dentro dos processos decisórios daquele país.

A vitória de santos representa a estagnação de um processo, ele mostra-se como a esperança estadunidense de barrar o crescimento dos governos democrático-populares de esquerda na região e tenta assegurar o mercado consumidor dos “enlatados norte americanos”.

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