segunda-feira, 28 de julho de 2008

Uivar de mudanças.

Finda-se mais um dia, deitada no sofá encontra-se Sofia, cabelos molhados, pele fresca exalando um perfume de maracujá, acabara de tomar um banho relaxante, após dia árduo de trabalho. Seus dedos entrelaçam-se com os de Cesar, ela fita o nos olhos, e percebe que este tem suas atenções voltadas para janela, no horizonte sopra um vento forte e continuo, que o mantém perplexo, Sofia cansada o interpela sobre o que prende sua atenção no horizonte, mas este se mantém imóvel e calado, Sofia fica mais atônita, mas, resolve abandonar seus questionamentos diante do silencio. Uma velha castanheira, balança com o uivar do vento, e repentinamente esta desaba. Em seu interior Sofia sente que algo em sua vida vai mudar, um vento deste sempre e um mal pressagio, dizia a mãe de Sofia a esta, em sua breve adolescência. Cesar permanece indiferente, mesmo com o ecoar da queda da castanheira que de certo chamou a atenção de toda cidade, por um momento ele desloca sua atenção para a castanheira, esta com suas raízes esparramadas pelo ar ainda demonstra sinal de vida, mesmo não tendo mais como suster-se Cesar não conseguindo mais conter-se deixa escapar uma lágrima que escorrendo pelo rosto vai parar em seus lábios, Sofia porem não compreende o motivo que o fizera derramá-la. Sofia tem novamente o pressentimento, com se já o soube-se a resposta, vacila ao perguntar qual o problema. Cesar enxuga o rosto levanta e sai, naquele momento Sofia já sabia que nunca mais o veria de novo. Cesar fora enfeitiçado por uma jovem chamada Diana, diferente de Sofia que possuía cabelos castanhos longos e ondulados inspirando um ar de singeleza e delicadeza a quem a observasse, Diana era uma rosa selvagem, possuía cabelos ruivos, e um olhar de pura malícia, destas que levam homens a tornarem-se simples meninos, Cesar havia a conhecido em um bar, durante uma noite chuvosa, após pequena discussão com Sofia, e esta o encantou no primeiro momento que este direccionou-lhes o olhar. Manterá uma relação dupla com Sofia e Diana por três longos meses, mas seu coração não suportava mais enganar Sofia, porem também não conseguia abandonar os afagos quentes e libidinosos que recebia de Diana. Diante desse impasse Cesar viu-se impelido a decidir, ou a paixão e lascívia de Diana, ou o amor e carinho de Sofia. Infeliz foi em sua decisão, é após três anos com Diana, descobriu que esta, não dedicava seus carinhos exclusivamente a ele, desde o primeiro dia que á havia conhecido esta já possui inúmeros outros, mas a paixão o havia cegado, e não virá a quantidade de amantes com os quais Diana mantinha relações. Agora passado três anos, parece que o encanto acabou e Cesar cai na real. Sentado em seu estúdio, falido, por suster três anos de festas e diversão intermináveis, segurando a foto de Sofia, novamente aquela lágrima lhe vem ao canto dos olhos, porem dessa vez acompanhada de varias outras e um turbilhão de sentimento, regidos pelo de perda, o de haver feito uma escolha errada, Sofia o amará, e este a trocou por um simples desejo de lascívia, uma aventura de bar, decadente e sozinho adormeceu. Cesário agora olha-se no espelho e parece não reconhecer a figura que também lhe encara, não possui mais o vigor de sua juventude, seus olhos que outrora eram tidos como ávidos e sagazes, aparenta uma cor verde opaca sem vida, seus cabelos parecem desbotar em suas têmporas, só, velho e falido, este volta seus pensamentos para Sofia, pensa em como esta deveria esta, se ela teria encontrado outra pessoa que a ame, pensou em Sofia o dia inteiro, ate que a noite caiu, pela janela este observa o luar, era noite de lua cheia, e as sobras azuis das árvores tomavam formas imprecisas, olhando aquela janela, lembrou do dia em que havia decidido fugir com Diana ao invés de ficar com Sofia, um vento forte e constante soprou ecoando pelas montanhas, como o vento daquele dia, seu telefone tocou.

Ninho vazio


Volta triste o passarinho.
Volta logo pro teu ninho.

Sozinho, sozinho.

Volta logo passarinho, volta, volta.

Buscaste no céu, nas águas e no chão, porem não encontrou.
Voltou na solidão.

Volta logo passarinho, volta, volta.

Vistes varias peruas, pavões cardeais e bem-te-vis.
Não se agradou delas, nem elas de ti.

Volta logo passarinho, volta, volta.

Em meio a sua busca pensou ter achado.
O passarinho seria esta que traria pro seu ninho.
Coitado, sozinho.

Volta triste passarinho não era sua vez.
Sozinho, sozinho,

Volta logo passarinho e destrói esse teu ninho.
Sozinho, sozinho.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Leitura de Sentimentos

No canto da sala jogado ao chão,
Ao lado de um livro a um coração,


Assim como livro velho e acabado,
O coração apresenta o mesmo estado,

No livro escrito a varias estórias,
De Reis e princesas,
Majestades e glorias,

Já no coração encontra-se escrito,
Aquilo que um dia teriam lhe dito,

Marcas do passado historias felizes,
Amores perdidos varias cicatrizes,

Nesse livro a capa não chama atenção,
Esta destruída como coração,

Mas as palavras nele gravadas,
Revelam a essência de sua alma.

Um dia eu lera esse velho livro,
Foi-me revelado o que havia escondido,

Que observando no livro, apenas a capa,
A essência deste quase me escapa.

Após a leitura veio à reflexão,
Olhei para o canto vi o coração.

Mesmo largado e não sendo bonito,
Deve ser lido assim como um livro.

terça-feira, 1 de julho de 2008

construindo uma nova historia


Grandes são as desigualdades que ainda assolam a sociedade brasileira, multiplicam-se os motivos para buscarmos a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, cientes que essa formulação de sociedade passa por um processo histórico, de formação de atores conscientes dos seus papeis dentro da sociedade, e certos que a juventude como futuro próximo e protagonista dessa sociedade, levantamos a discussão acerca da diversidade étnica que é um fator preponderante no Brasil e no mundo, quando a pauta e igualdade.
Vivemos em um mundo onde a variedade de etnias supera com folga o numero de nações, e não podemos relegar o fato de o ser humano não ser uma raça na qual os indivíduos apresentam a mesma aparência e ideologias, mas também não podemos deixar de salutar que somos uma única espécie o homo sapiens sapiens.
Todos os dias somos bombardeados com informações sobre a globalização e sobre a quebra de fronteiras, onde aparentemente caminharíamos para uma sociedade global, mas em contra partida vemos que toda essa integração apregoada por diversos meios de comunicação, não ultrapassa as barreira do mercado financeiro, freqüentes são os abusos cometidos contra indivíduos que não possuem o tipo físico e cultural correspondente aos padrões impostos por essa cultura euro-ocidental, desde as populações ditas tradicionais que são criticadas por seu modo de viver, ate as populações carentes as quais não a e dado o direito de viver.
Inúmeros são os casos que poderíamos citar referentes a essa forma de antropocentrismo, ou etnocentrismo, desde a discriminação a povos indígenas, populações ribeirinhas, referentes a intolerâncias religiosas, e ideológicas, ate o mais animal dos preconceitos que refere-se a cor da pele.
Dentro de um pais como o Brasil onde e vinculado pela mídia que não há essa forma de preconceito vivemos e vivenciamos uma grande mentira, não negamos que varias foram as conquistas obtidas pela população negra dentro dessa nação, que diga-se de passagem foi construída a vários braços dos quais grande parte eram negros, desde a lei áurea ate os dias atuais, mas mesmo dentro dessas conquistas ainda encontra-se arraigado um preconceito em grande parte da população, sabemos que isso e uma conseqüência do modo como foi ocupada e desenvolvida a nação, onde o negro não tinha representação.
Mas certos que foi construído historicamente esse preconceito, e que nunca poderemos mudar o passado, decidimos dar um novo recomeço, e construir historicamente uma nova nação onde o que conta não e a cor de minha pele, ou os trajes que visto, mas onde todos tem as mesma oportunidades.
E nos da juventude não entregaremos nossa nação como a encontramos para a próxima geração, queremos uma sociedade melhor e sabemos que somente juntos seremos capazes de construí-la.