terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ainda Sou Feliz


Sou eu feliz, em meio a tantos problemas que a sociedade trás consigo, no ínfimo de minha alma sempre vejo uma luz, devo estar vendo coisas, parece radiar mostrando uma centelha de esperança onde algozes não podem apagar, é um reduto escondido dentro de uma pesada armadura, espessa como estratosfera e leve como consciência da burguesia exploradora, armadura manchada, que me cingi todas as manhãs ao deixar meus aposentos e dirigir-me para a vida real, real porque fora dessa coisa torpe que chamam sociedade tudo parece surreal a vida toma outra conotação, sinto-me em um sonho, não somos pedaços de um sistema cadente, mas apenas indivíduos soltos, talvez até livres, nunca, fins de semana, cinco dias de escravidão e fins de semana, ate Deus descansou, e foi só um dia, se achas melhor que Deus? Tens dois porque reclama.

Sou feliz eu que possuo cinco dias para arrumar sustento e dois para sustentar-me, a luz é fraca, mas existe, acredito que exista, tem de existir, a rapina da sociedade quer ter-la, ela a nutri, produção não mais trabalho, produção, és parte da empreitada não apenas a empreitas, é parte da empresa, mas não é empresário!? Tenho alma, quente como as fornalhas que derretem aço, solida como as pedreiras que são explodidas em busca de riquezas, profunda como oceanos, limitada pelas estrelas, mas estar a consumir-se, como florestas que crepitam com a ganância da vida, finda-se como a madre terra que solida se desmancha pelo ar, e chora,chora o choro dos excluídos dos loucos dos explorados dos não-vivos proletariados, dos possuídos, possuídos pelo vírus que consome corações degenera nações e dizima a vida, o eu, eu tenho, eu posso, eu vou, você não sabe quem eu sou? Eu sou!

Não extinguiu essa alma, essa não, a minha não, decadente que chora o presente de um passado insolente e um futuro inexistente que a vida usurpou, quem és tu ô luz teimosa, luz tu não o é, e teu brilho não seduz, é apenas uma luz um pedaço de consciência, deve ser falta de ter o que fazer, ou a dor de ver alguém sofre, não explica a ciências está idéia que conduz. Amar não satisfaz?!

Sociedade insolente, ama-te a ti mesmo não te esqueças todos são maus, te odeio Maquiavel.

Eu sou feliz, quando fujo da realidade esqueço a vaidade me desfaço da armadura não possuo amargura, mentiroso, sou apenas eu individuo isolado nem burguês e nem estado, nem assalariado, apenas animal! que quer se divertir sair por ai, amar e continua sendo feliz.

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