Sempre que penso na globalização meus olhos voltam-se para a perspectiva de uma imposição de cultura, falo em cultura por entender que ela que norteia as decisões dos homens, vista aqui como um conjunto de valores arraigados no individuo consciente e inconscientemente apreendidos, ou manutenção da cultura hegemônica, referindo-me a cultura euro-ocidental.
Como essa imposição dá-se por meio de sua replicação um dos fatores preponderantes é a questão da educação formal, dentro da educação temos uma uniformização da realidade, sem um olhar diferenciado para a realidade local, imaginando que o mundo é igual, que todos os sistemas de valores devem ser os ditados por essa cultura hegemônica, que o consumismo desenfreado e as desigualdades sociais sejam coisas normais, que indivíduos tornam-se bandido por que são dotados de ma índole, não lembrando a relação com a questão de perspectiva social de vida, chances, que é pobre porque não trabalha que se trabalhar duro pode um dia viver melhor, mas que alguns não precisam trabalhar e já gozam dessa regalia, são pacotes fechados de “educação”, onde não cabem acréscimos e devem ser seguidos a risca, como se o apreender fosse semelhante a uma receita de bolo, pega-se a historia escrita pelas classes dominantes, acrescenta-se uma pitada de matemática, um pouquinho de religião para manter o conformismo, geografia para demonstra a importância da dominação humana sobre a natureza, separa-se tudo em porções pequenas, dadas separadas, pois dentro de um mundo dito globalizado, ainda temos uma educação que faz pensar a realidade em pedaços, frações de um inteiro, quando na verdade deveríamos ver o inteiro e só depois pensar em tentar fracioná-lo, assim não escondendo nessas frações detalhes que os ligam intrinsecamente.
E esse individuo que essa educação forma é treinado para replicar esse sistema, não lhe é dado o direito de questionar, a chance de construir, contribuir, tudo que ele sabe, que aprendeu fora desse sistema, que seus pais lhe ensinaram, que as gerações de seu povo utilizavam, não passa de nada, não é conhecimento é sub-cultura deve ser abandonado, pois não é cientifico, mas o que é cientifico?, nada mais do que aquilo que a sociedade cientifica considera que o é, não questiono aqui a leis gerais da física, mas sim o porque dentro desse sistema tenho de me submeter a um empregador que me faz trabalhar 8 horas diárias e que obtém seu lucro na exploração de meu trabalho!, porque tenho de estudar a formação do continente europeu e não a do africano?, quem deu o direito para um homem ser o dono do mundo?, não uniu-se o homem em sociedade para a sobrevivência da espécie?, porque essa mesma sociedade quer acabar com ela mesma agora em beneficio de pequenos grupos de interesses!
Pensar a globalização da terra desse modo é negar a capacidade do ser humano de ser diferente, lhe dizer que os modos de aprender devem ser os mesmo para todos que somos iguais, é matar a capacidade inventiva do homem, a globalização seria um movimento ótimo se não fosse como uma imposição, esta se pensada como uma crioulização (termo utilizado por Glissant em Introdução a uma poética da diversidade, diferente da mestiçagem ele coloca a impossibilidade probabilística de saber o que vai dar, como diria Falcão de O RAPA, “...só misturando pra ver no que vai da...”) onde os vários elementos heterogêneos colocados em relação se inter-valorização, onde não há uma degradação ou inferiorizarão de nem um dentro desse mix, sem um norte ao acaso, uma “globalização natural” onde não haveria uma cultura hegemônica para que as outras fossem apenas termos acessórios, que são incluídos apenas quando convém, como acontece atualmente, seria a salvação para a terra, pois ao pensar nessa uniformização, que os intelectuais chamam de globalização, vemos o quanto esse termo é excludente, pensemos nos seus maiores pregadores.
Os USA, pregam a globalização como se fosse algo bom e que se igualariam as culturas onde os benefícios desta seriam para todos, mas vivem metendo-se nas economias menores, protegem seus produtos com subsídios, atacam sem motivo países que não seguem o seu “modelo de democracia”, a União Européia, compactua com tudo isso e pratica exatamente as mesmas modalidades de atrocidades globalizadas, ou melhor globalizantes são extremamente xenófobos e apregoam uma supremacia, cultural, eu digo a única supremacia deles è bélica!
Impressiona-me ainda o modo como essa questão de uniformização globalização atinge apenas os âmbitos que os interessam, pensemos a questão da informação, e sabido de todos o poder de libertação que a informação carrega, e o maléfico que sua manipulação dissemina, logo vemos o poder que a mídia escrita e áudio visual tem de influenciar as massas, não me refiro aqui a um simples jornaleco que faz uma política medíocre, esse também faz seu papel manipulador porem e manipulado em um âmbito maior, mas dos grandes formadores de opinião que definem as noticias em âmbito global que possuem sede em vários países que são ditos respeitáveis, estes que decidem o que o mundo pensa a respeito de determinado assunto!
Mas tenho uma esperança, a internet, que nessa perspectiva considero Lutero das mídias, quer fazer uma mudança, reforma, mostrar que nem tudo que a TV passa é verdade que nem tudo que nos é mostrado é o todo, mas assim como Lutero a net encontra a barreira da acessibilidade, nem todos no tempo de Lutero sabiam ler latim, logo as bíblias em latim não valiam nada era preciso popularizar, creio que esse é o caminho de que devemos tomar, popularizar, imaginemos o numero de pessoas que ainda são analfabetos digitais, a quantidade de indivíduos que são privados do saber, o numero de livros aos quais não temos acesso, o volume de informação que uma pequena parcela da sociedade detém, e o que eles nos dão?, os pacotes fechados!, onde eles escolhem o que devemos ou não saber, e quanto devemos pagar pra saber, respeito as leis de patentes mas entre “um” dono de uma patente e a “humanidade” não preciso dizer quem deve esta em primeiro plano.
Eu digo sim para a globalização da diferença, e não a globalização da uniformização, espero estar vivo no dia que a informação abrir os olhos da humanidade espero fazer parte desse movimento, não somos iguais, um dia nos unimos para sobreviver creio que esses tempos voltaram.
Como essa imposição dá-se por meio de sua replicação um dos fatores preponderantes é a questão da educação formal, dentro da educação temos uma uniformização da realidade, sem um olhar diferenciado para a realidade local, imaginando que o mundo é igual, que todos os sistemas de valores devem ser os ditados por essa cultura hegemônica, que o consumismo desenfreado e as desigualdades sociais sejam coisas normais, que indivíduos tornam-se bandido por que são dotados de ma índole, não lembrando a relação com a questão de perspectiva social de vida, chances, que é pobre porque não trabalha que se trabalhar duro pode um dia viver melhor, mas que alguns não precisam trabalhar e já gozam dessa regalia, são pacotes fechados de “educação”, onde não cabem acréscimos e devem ser seguidos a risca, como se o apreender fosse semelhante a uma receita de bolo, pega-se a historia escrita pelas classes dominantes, acrescenta-se uma pitada de matemática, um pouquinho de religião para manter o conformismo, geografia para demonstra a importância da dominação humana sobre a natureza, separa-se tudo em porções pequenas, dadas separadas, pois dentro de um mundo dito globalizado, ainda temos uma educação que faz pensar a realidade em pedaços, frações de um inteiro, quando na verdade deveríamos ver o inteiro e só depois pensar em tentar fracioná-lo, assim não escondendo nessas frações detalhes que os ligam intrinsecamente.
E esse individuo que essa educação forma é treinado para replicar esse sistema, não lhe é dado o direito de questionar, a chance de construir, contribuir, tudo que ele sabe, que aprendeu fora desse sistema, que seus pais lhe ensinaram, que as gerações de seu povo utilizavam, não passa de nada, não é conhecimento é sub-cultura deve ser abandonado, pois não é cientifico, mas o que é cientifico?, nada mais do que aquilo que a sociedade cientifica considera que o é, não questiono aqui a leis gerais da física, mas sim o porque dentro desse sistema tenho de me submeter a um empregador que me faz trabalhar 8 horas diárias e que obtém seu lucro na exploração de meu trabalho!, porque tenho de estudar a formação do continente europeu e não a do africano?, quem deu o direito para um homem ser o dono do mundo?, não uniu-se o homem em sociedade para a sobrevivência da espécie?, porque essa mesma sociedade quer acabar com ela mesma agora em beneficio de pequenos grupos de interesses!
Pensar a globalização da terra desse modo é negar a capacidade do ser humano de ser diferente, lhe dizer que os modos de aprender devem ser os mesmo para todos que somos iguais, é matar a capacidade inventiva do homem, a globalização seria um movimento ótimo se não fosse como uma imposição, esta se pensada como uma crioulização (termo utilizado por Glissant em Introdução a uma poética da diversidade, diferente da mestiçagem ele coloca a impossibilidade probabilística de saber o que vai dar, como diria Falcão de O RAPA, “...só misturando pra ver no que vai da...”) onde os vários elementos heterogêneos colocados em relação se inter-valorização, onde não há uma degradação ou inferiorizarão de nem um dentro desse mix, sem um norte ao acaso, uma “globalização natural” onde não haveria uma cultura hegemônica para que as outras fossem apenas termos acessórios, que são incluídos apenas quando convém, como acontece atualmente, seria a salvação para a terra, pois ao pensar nessa uniformização, que os intelectuais chamam de globalização, vemos o quanto esse termo é excludente, pensemos nos seus maiores pregadores.
Os USA, pregam a globalização como se fosse algo bom e que se igualariam as culturas onde os benefícios desta seriam para todos, mas vivem metendo-se nas economias menores, protegem seus produtos com subsídios, atacam sem motivo países que não seguem o seu “modelo de democracia”, a União Européia, compactua com tudo isso e pratica exatamente as mesmas modalidades de atrocidades globalizadas, ou melhor globalizantes são extremamente xenófobos e apregoam uma supremacia, cultural, eu digo a única supremacia deles è bélica!
Impressiona-me ainda o modo como essa questão de uniformização globalização atinge apenas os âmbitos que os interessam, pensemos a questão da informação, e sabido de todos o poder de libertação que a informação carrega, e o maléfico que sua manipulação dissemina, logo vemos o poder que a mídia escrita e áudio visual tem de influenciar as massas, não me refiro aqui a um simples jornaleco que faz uma política medíocre, esse também faz seu papel manipulador porem e manipulado em um âmbito maior, mas dos grandes formadores de opinião que definem as noticias em âmbito global que possuem sede em vários países que são ditos respeitáveis, estes que decidem o que o mundo pensa a respeito de determinado assunto!
Mas tenho uma esperança, a internet, que nessa perspectiva considero Lutero das mídias, quer fazer uma mudança, reforma, mostrar que nem tudo que a TV passa é verdade que nem tudo que nos é mostrado é o todo, mas assim como Lutero a net encontra a barreira da acessibilidade, nem todos no tempo de Lutero sabiam ler latim, logo as bíblias em latim não valiam nada era preciso popularizar, creio que esse é o caminho de que devemos tomar, popularizar, imaginemos o numero de pessoas que ainda são analfabetos digitais, a quantidade de indivíduos que são privados do saber, o numero de livros aos quais não temos acesso, o volume de informação que uma pequena parcela da sociedade detém, e o que eles nos dão?, os pacotes fechados!, onde eles escolhem o que devemos ou não saber, e quanto devemos pagar pra saber, respeito as leis de patentes mas entre “um” dono de uma patente e a “humanidade” não preciso dizer quem deve esta em primeiro plano.
Eu digo sim para a globalização da diferença, e não a globalização da uniformização, espero estar vivo no dia que a informação abrir os olhos da humanidade espero fazer parte desse movimento, não somos iguais, um dia nos unimos para sobreviver creio que esses tempos voltaram.
Uma vez um grande amigo vendo minha
ResponderExcluiragonia diante do meu sentimento do pouco para os problemas do mundo, me disse:
"Quando vc começar salvando o mundo perto de vc, vai acabar por salvar o todo."
E é isso que busco, lutar pelas causas pequenas para atingir o todo. Acredito, que nem as grandes empresas tem noção do tanto que a internet vai revolucionar, mas não posso apenas confiar nela, enquanto muitos não sabem nem ler, enquanto meus vizinhos não tem perspectiva de vida, não a capitalista consumista, mas a perspectiva de vida que gera sonhos e felicidade.
Meus colegas de faculdade não estão nem ai para essa situação, pois já estão tão individualizados que blasfemam dizendo que serão jornalistas vendidos, que farão qualquer coisa pq acreditam que o dinheiro tras felicidade. Acho que é por isso que o curso anda tão vazio, pessoas que pesam assim não crescem enterram-se em si mesmas e infelizmente não serão realizados.
Sim, acredito na globalização da diferença, acho q a passos de tartaruga ela se estabelece, contudo sempre vamos ter loucos desvairados no poder...
tá vou parar de falar,mas gostei muito do texto, e dou minhas boas vindas atrasadas para o mundo blogeiro...xD
Ei, eu tambem tenho um que andou meio parado, mas fim da semana que vem consigo colocar ele a vida. Passa lá algum dia...xD
www.manufalqueto.blogspot.com/
bjim
xD
excelente texto, parabéns
ResponderExcluirDanielle /Curitiba
muito bom o seu texto
ResponderExcluirCaro amigo, você fez um ótimo texto, o qual me será útil na realização de um trabalho.(Obviamente mencionarei seu blog e seu nome nos creditos). Obrigado por colocar em seu blog o sentimento de várias pessoas (como eu e você), pessoas sem voz, num mundo dito globalizado. Parabéns e continue nesse caminho.
ResponderExcluirJo Silva
Bom Texto
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