quinta-feira, 27 de março de 2008

FORMALIDADES

Foi sublime, parecia coisa de cinema.
Nos olhamos, e estava feita a cena.

Em um ônibus lotado, cheio de gente indiferente.
Falávamos com os olhos, em uma cumplicidade displicente.

Lancei-lhe um sorriso discreto, de pronto fui respondido.
Já tinha a certeza, o desejo era correspondido.

De contornos suaves, e um ar de menina.
Naquele momento sabia, você seria minha sina.

Seus olhos castanhos, de cabelos cor igual.
Sorriso malicioso, pensamento surreal.

Calculistas, pensei deve ser minha ação.
Outra chance, talvez nunca, parti pra aproximação.

Mas o acaso, como chamam o destino.
Contra mim armou, e eu terminei caindo.

Seu ponto chegou, e ela se pos a descer.
Sozinho, fiquei, e pensei, será que ainda ei de lhe vê.

Ela e mais uma das que cruzam olhares.
Sorrisos de canto, prantos, tudo apenas formalidade.

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