Olhos desconfiados o julgavam;
Buscava um sorriso acolhedor, mesmo não sendo familiar;
Na cabeça uma tormenta, no corpo as marcas, magro, sujo, esquecido, ignorado;
A tosse rouca revela na boca que o sorriso talvez nunca mais seja completo;
Sentado, sozinho, nem mesmo o canto dos passarinhos parece o
alcançar;
Culpados, somos nós, sou eu;
Pensando em mim estou jogando a humanidade a Deus Dará;
Acenei com a cabeça, sorri, retribuiu, pensei mil coisas em
como ajudar;
Não agi, e ele se foi;
Vagando, o vi. Perguntei – Está com fome;
- Meu nome é Aldeci, apontou pro canto de um caixa eletrônico,
moro aqui!
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