Os levantes populares que
acontecem em todo o Brasil, marca de forma indelével o novo momento conjuntural
que vive a nação. Sob a égide das melhorias dos serviços públicos a realização
das grandes reformas estruturantes que assegurem desde uma maior participação
da sociedade na política como a reforma política até uma distribuição mais equinânime
de renda como a reforma tributaria entre outras, e o combate ferrenho a toda e
qualquer forma de corrupção, dão o tom dos novos desafios que se apresentam
para nossa geração solucionar.
Todas as grandes transformações históricas
se deram através da luta, da pressão social das ruas. Não se pode de maneira
alguma minimizar e nem tão pouco permitir que a movimentação legítima das ruas
seja desvirtuada por alguns oportunistas que pretendem desestabilizar a nação e
construir o caos social. Escutar os gritos que vem das ruas, e dar respostas
imediatas, é o desafio dos governos democráticos e populares, manter a pressão
para ser ouvido, dar soluções para os desafios e questionar a representatividade
de quem não representa esses anseios é o papel do movimento.
Porém esse movimento, e por que
não dizer a sociedade e os indivíduos que protagonizam cada um a sua forma esse
momento, que adquiri cada vez mais o formato de rede em estrutura planificada
onde cada um é um líder, não pode permitir que os ataques a democracia, o bem ais
precioso conquistado nas ultimas décadas, construída sob o sangue da luta nas
ruas, a deslegitime. A democracia participativa, por mais que ainda careça de
diversas melhorias para cada vez mais promover, a justiça social e a
participação plena dos indivíduos, é o baluarte de nossa sociedade.
Assim a superação do modelo
falido de participação política, deve estar no centro dos debates, a
possibilidade de se aperfeiçoar a democracia, e não acabar com ela, abre um novo
leque de probabilidades, que vão desde a ampliação de representatividade das
minorias nos espaços de poder, como mulheres, negros, indígenas, homossexuais
entre outros segmentos sociais, até o equilíbrio na disputa social e política
hoje vencida em parte por quem possui maior poder aquisitivo, ou melhor relação
direta com os grandes empresários.
Muito além de uma onda, que tem
seu fim decretado pela proximidade da costa, acredito que esse movimento marca
uma virada nos modelos de participação política e social, essa geração já vem
transformando o Brasil e certamente está preparada para conduzi-lo sim a
condição de uma nação cada vez mais justa, cada vez mais democrática e participativa.
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