Entra ano e sai ano, vejo pessoas reclamando das festividades do
Natal. Alguns dizem que se sentem tristes, outros que “odeiam” as festas
de confraternização, outros que consideram hipocrisia as pessoas se
abraçarem num dia e agirem maldosamente nos outros. Há também aqueles
que sentem a falta de algum ente querido e a festividade os deixam
deprimidos. Compreensível, mas não justificável.
A todas essas pessoas, por mais que tenham alguma razão em seus
pontos de vista, falta-lhes compreender o verdadeiro sentido do Natal.
Nos tempos atuais, infelizmente, perdemos esse entendimento e nos
deixamos contagiar pela preocupação com comida, bebida, presentes,
compras, viagens, 13º. salário e com a posterior dívida que isso vai
gerar no ano seguinte. Evidentemente, não estamos fora do mundo e não
podemos evitar tudo isso, mas não se pode desanimar em função desses
fatores e botar a culpa no Natal.
É fácil reclamar da falsidade das relações. Difícil é exercitar o
perdão e aceitar que, pelo menos uma vez no ano, as pessoas tentam se
entender. É fácil reclamar daquela tia chata que só aparece uma vez por
ano na sua casa para dizer “como você cresceu!” e perguntar se você está
namorando, difícil é ser aquela pessoa que sai do comodismo para
visitar os parentes que não vê quase nunca. É fácil culpar o Papai Noel
pelo consumismo desenfreado e pelas lojas lotadas. Difícil é entender
que presentes são sinais de amor e carinho e não uma obrigatoriedade
exigida por um dia qualquer. Por fim, não é fácil sentir saudades de um
parente que se foi. Mas é fácil elevar os olhos ao céu e entoar uma
oração de agradecimento por ele ter feito parte da sua vida.
O Natal existe para ser alegria. É a festa do nascimento de Jesus! Um
Deus que se diminui ao nível do homem para que o homem se eleve ao
nível divino. É de uma grandeza tão grande que nem dá pra compreender em
sua totalidade. Talvez por isso nossas dúvidas e desgostos nesta data.
No entanto, na medida em que vamos vivenciando o Natal, abrindo o
coração e nos deixando contagiar pela imagem do presépio, vamos
entendendo que, por mais que hajam problemas, eles são pequenos diante
da singeleza que esta data nos traz.
Por fim, não há coração, por mais duro que seja, que não se encante
com o brilho no olhar de uma criança ao ganhar um presente de
Natal. Sim, é verdade que há os brilhos apagados, de crianças que passam
a data sem um único presente. Mas aí fica a pergunta: será que você não
poderia modificar isso, ao invés de colocar a culpa no Natal e nas
outras pessoas? Na medida em que somos protagonistas da felicidade
alheia, ela nos contagia e nos tornamos felizes também. Faça a
experiência.
Retirado do blog - mutantexis.wordpress.com
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