terça-feira, 5 de abril de 2011

A UTILIZAÇÃO INCESSANTE DE GUERRAS CONTINUA SENDO AINDA HOJE A MAIOR ARMA DO CAPITALISMO PARA A SUA MANUTENÇÃO EM PERÍODOS DE CRISE.



Arrochos financeiros, enxugamento de maquinas publicas, aumentos de juros, e ajuda financeira com dinheiro publico a instituições multilaterais, é apenas a menor parcela da ajuda dada aos apelos inaudíveis postos pelo capitalismo moderno. A instituição da guerra responde sempre como a estratégia mais solida desse modelo de sociedade, pautado na exploração do homem pelo homem no lucro desmedido e na expansão dos mercados consumidores.

Desde a fundação da sociedade, período impossível de se datar, a guerra sempre foi um mecanismo de expansão territorial, naquele período essa expansão tinha uma visão exclusivamente geográfica, ou seja a área de influencia de um Estado, Nação, Tribo ou família era delimitada pela fronteira que limitava seu domínios físico. Com a modernização da sociedade e das relações humanas as fronteiras físicas passam a não ter mais o mesmo peso, pois surge no mundo a figura das fronteiras político-econômicas, onde a área passa a ser delimitada não por marcos físicos, mas pela capacidade de influir em um território mesmo não possuindo a posse física.

O capitalismo como modelo de sociedade reagiu da mesma forma aos processos de modernização de sociedade, passando da busca pelo controle físico para o controle político econômico dos territórios.

Essa relação fica clara quando observada a influencia que instituições multilaterais como o FMI (a serviço do neoliberalismo capitalista estadunidense) tem sob países ditos subdesenvolvidos, onde esta instituição sob pretexto da manutenção de uma instabilidade econômica global, institui políticas financeira de diminuição de investimento em áreas sociais, facilitando a desregulamentação de economias para a introdução de indústrias e empresas multinacionais nessas nações.

Essa capacidade de intervenção do capitalismo sem fronteiras não se dá apenas no âmbito da imposição de políticas econômicas, pois em estados onde a democracia capitalista não impera são necessárias outras intervenções de cunho armado como é o caso do Iraque e mais recentemente da Líbia

Observa-se hoje a proliferação de forças militares, o braço armado dos estados capitalistas, em territórios do mundo árabe, sob a égide de argumentos como a mistura que os regimes políticos fazem com a religião, que tem fortes ligações com as decisões do Estado, e a democracia que segundo o mundo ocidental não existe nesses territórios, porém esse não é o tema central, quando se pensa o porque das intervenções armadas em países do mundo árabe, uma analise fria mostra que países como a Arábia Saudita, que possuem os mesmos pseudo-s problemas não sofrem as mesmas intervenções, a resposta para esse dilema encontra-se escondida na seguinte questão “quais os países que estão inseridos no mercado mundial do petróleo como aliado do ocidente”, para o capitalismo indefere qual o sistema político, qual o modelo de democracia, se existe ou não direitos para humanos no Estado, o que o guia é quem está do seu lado.

Assim as intervenções armadas surgem como ferramenta de expansão, que tem sido estimulada pela corrida do ouro negro, apoio a tropas rebeldes exigem muito mais do que simples agradecimentos públicos, mas a certeza de um mercado aberto para o mundo ocidental. Alem da obvia necessidade que as industrias bélicas possuem do instrumento da guerra para a manutenção de um mercado consumidor de mortes e genocídios civis.

Com isso os exércitos desviam recursos orçamentários com fins sociais (saúde, educação, moradia, transporte, etc.) para pagar os que têm como tarefa única e exclusivamente matar, enriquecendo os fabricantes e mercadores de armas. Os enormes lucros criados pela manutenção e desenvolvimento das forças armadas são parte integrante do sistema de desenvolvimento capitalista, do imperialismo e da repressão social. Estes exércitos criam uma cultura de virilidade, violência, sexismo, nacionalismo e sacrifício inútil de vidas, ingredientes não divulgados, mas que dão ao capitalismo o tempero consumido por todas as nações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário