segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Meretriz


Tuas Formosas mãos não sustentam mais a balança da justiça.

Com rapina sufoca os que te cercam não os olha mais com olhar fraterno, mas a gana de teus olhos resseca os bosques que vislumbra.

Teu sangue nasce em outros corpos e pensa ser somente seu, teu próprio corpo prostituiste pela sanha da grandeza, fostes feliz imperatriz das meretrizes, imperadores a possuem e teu corpo lhe é troféu, o consomem como abrutes fartando-se de carniça.

Está desnuda, entregue a devaneios de diretrizes que o mundo lhe imputou, entrega nas mãos de teus assassinos a navalha que cortará tua alma, alma? Será que ainda a possui? Ou vendeste a quem pagou melhor?

Feliz com sua ruína, á semeia em teu caminho amaldiçoa o seu entorno e deste que ser salvação.

Torna a teu seio, retorna a tuas raízes, tua alma ainda e alva, ainda tens verdes matas e belo céu azul.

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