quarta-feira, 22 de outubro de 2008

SERIA APENAS MAIS UM...


Seria apenas mais um perdido em meio à multidão.
Sozinho.
Igual a todos e diferente de tudo.
Trancado em meu pequeno mundo.
Longe da realidade.
Vivendo a individualidade sem entender a verdade.
Paralelo a objetividade, dentro de mim e confuso.
Pensando em mim mesmo esquecendo o mundo.

Seria apenas mais um ligado ao esterno, mas separado por um muro.
Sozinho.
Alto e robusto uma muralha.
Que não permite adentrar onde escondo o que sou.
A defesa de um homem frente a sua face.
Não mostra o que sente.
Não baixar a cabeça.
Parecer que é forte que nada lhe abala.
Ser humano, chorar como quem cala.
Dentro da muralha, a fortaleza.
Ser só mais um homem com suas fraquezas.

Seria apenas mais um, se negar o que sinto.
Sozinho.
Vontade de gritar.
Ser um desses fracos que se põem a chorar.
Mas quem que define o que é fraqueza.
Quero um mundo que possa colocar na mesa.
Minhas cartas, o que sou, o meu baralho.
Não esconder o que sinto, ser chamado de otário.
Por acredita que para o mundo á salvação.
Amém.
Não está em deuses, mas em decisões.

Seria apenas mais um, que acredita que o muro tem de ruir.
Sozinho.
Que a decisão tomada e ter de sair.
Esquecer de mim mesmo e pensar no lá fora.
E hora do “nós”, ir à forra.
Mas essa muralha e maior que a da china.
Atravessa desejos, sonhos e muitas sinas.

Seria apenas mais um, se já tivesse derrubado a minha muralha.
Sozinho.
Se acreditasse que o homem não falha.
Se pensasse que eu seria diferente.
Um pobre mortal um ser impotente.
Mas que bate todo dia em sua muralha.
E quem sabe um dia consiga sair.
Convidar outros a por suas muralhas para ruir.

Seria apenas mais um, e assim o sou.
Porem não mais sozinho...


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