Olhei o horizonte e vi algo diferente no brilho que encandeou os céus, de uma lua que por si só iluminava.
Esperança brilhava mais que a magia humana da passada.
Brilhava nos olhos cansados de todos.
Não brilhava para todos, brilhava para cada um, individualmente!
Um rito, uma mera formalidade.
O sono lutava contra o desejo de estar atento para a inauguração de um sonho.
Não outro mais o mesmo de todos os dias
Sensações, sentimentos, instigados pela euforia do novo.
Mais um novo, sempre o novo.
Fascinação, de memória curta e atos instantâneos.
Promessas vazias e desejos incautos.
Sempre validas sempre presente.
Um sonho, que ao adormecer de um novo dia parece difuso.
Fracionado em partes inteligíveis e outras impossíveis de serem lembradas
Inteligíveis as que melhores afagam o ego solitário.
Mudar, a mudança, a eterna metamorfose.
Não mais ambulante, simplesmente metamorfose,
Estática.
O horizonte diminuía como o raio de ação de cada desejo.
Cada vez menor.
Cada vez mais pessoal.
O brilho apagou-se como as luzes da cidade que adormeceu.
Em mais uma madrugada, igual a tantas outras.
A lua permanecia tardando em dá espaço ao rei Sol
Que punha-se a ergue anunciando, o novo ciclo.
Que ciclo?
Talvez o ciclo cósmico que guarda o segredo do dia final.
Quem sabe amanhã, ou nunca.
O fim, o inicio, o eu.